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domingo, 25 de janeiro de 2015

Empreenda sua própria vida

Defina o seu destino, escolha o seu caminho, aproveite cada instante do percurso, empreenda sua própria vida.




















Empreender. Dar princípio a. Intentar. Decidir-se a. Procurando no dicionário sinônimos para essa palavra, que costumamos de maneira tão forte traduzir como algo inalcançável, acessível a pessoas "iluminadas" por um espírito empreendedor, encontrei essas três sugestões. Aqui, inverto a ordem de aparição do dicionário, para clarear o entendimento.

Intentar. A intenção de fazer algo, ainda o mundo das ideias difusas e complexas, onde nada é muito claro. Embora haja a intenção, pode ser que ainda não se tenha a menor ideia de onde começar. É preciso organizar as ideias para facilitar o seu entendimento.

Decidir-se a. A ideia toma forma mais clara, possibilitando traçar objetivos e definir caminhos. Com maior noção de onde se quer chegar, é possível tomar a decisão.

Dar princípio a. Transformar a decisão em ação, dar o pontapé inicial que fará o sonho acontecer e se tornar realidade.

Visualizando o meu próprio processo de mudança, percebo que essas três fases, se é que posso chamar assim, são extremamente importantes para que empreender seja possível. Nesse momento você pode me perguntar: mas, afinal de contas, o que é que você está empreendendo, que processo é esse que você tanto fala? Eu te digo então, que estou empreendendo nada mais do que a minha própria vida.

Sim, é isso mesmo. Voltando um pouquinho na minha história, para contextualizar, nos últimos anos eu vinha me sentindo muito infeliz com a minha vida, de modo que eu não conseguia enxergar propósito algum em nada que eu estivesse fazendo. Estava vivendo no piloto automático, numa rotina desgastante casa-trabalho-trabalho-casa que a única coisa que eu conseguia visualizar nos meus dias era o quão mais próximos estavam do final de semana.

O final de semana chegava, se acendia uma pequena fagulha de alegria. Mas era só ele terminar e meu tormento começava outra vez. Até que me cansei de ficar me lamentando por aí e percebi que não dava para continuar assim, que eu precisava fazer algo sobre isso, ou poderia se tornar uma patologia crônica, de verdade. Eu não queria apenas sobreviver, que era o que eu estava fazendo até então. Eu queria mais, queria viver. Não dava pra ficar só esperando o final de semana chegar para que viver fosse possível. Mas como eu poderia tornar a minha semana útil tão satisfatória e proveitosa quanto os fins de semana?

Aí surgiu a minha intenção: eu queria muito tornar todos os meus dias com gostinho de final de semana, eu queria que os sete dias da minha semana fossem dias prazerosos, mesmo com a rotina pesada de trânsito e trabalho. Mesmo não sabendo bem como eu faria isso, fui buscando, trilhando pelo caminho do autoconhecimento, até que consegui encontrar uma luz no fim do túnel: para que eu conseguisse fazer da minha semana uma jornada incrível, fazendo de todos os dias, inclusive as tão temidas segundas-feiras, dias intensos e cheios de experiências que proporcionassem sentimentos positivos, eu comecei a me lembrar de tudo aquilo que realmente me faz sentir viva e pactuei comigo mesma que introduziria, no meu dia a dia, uma pitada desses pequenos prazeres.

Da intenção, passei à decisão de mudar a minha rotina, mesmo que com pequenas doses, mas que com toda certeza fariam a diferença. E então, comecei a agir. Tirei meus textos da cabeça, comecei a escrever no papel, como se fosse um diário, e a vontade de compartilhar era tanta que decidi começar esse blog. Voltei a rotina de pedais junto com o Beto, introduzindo alguns dias à noite durante a semana. Iniciei uma nova relação com a comida, alimentando-me com mais consciência do que realmente faz bem para o meu corpo e mente. Voltei a buscar conhecimento de forma autônoma, seja nos livros ou em blogs de pessoas que me inspiram. Voltei a cuidar com mais carinho e esmero da minha casa, me dedicando mais aos afazeres domésticos.

E com essas pequenas atitudes, tenho criado novos hábitos na minha rotina, que tem me proporcionado viver de forma mais plena e consciente, a buscar aquilo que condiz com minha verdade, com a minha essência, me reconectando com o meu eu que estava por aí, perdido. E posso dizer que meus dias hoje realmente valem a pena. E aqui não estou falando de perfeição, de forma alguma. Estou falando de buscar um propósito, todos os dias, de fazer cada dia valer a pena, de ser grato por mais dia em nossas vidas para poder trilhar os caminhos que levam aos nossos sonhos e objetivos. Cada dia é um presente e assim deve ser aproveitado. E o resultado de cada dia, seja ele bom ou ruim, é um aprendizado.

E por tudo isso, digo que comecei a empreender a minha própria vida, que parei de ficar esperando que o milagre aconteça e comecei a trilhar o meu caminho, cheio de propósito. E não há empreendimento mais valioso que a nossa vida. Somos todos empreendedores natos, empreender não é reservado apenas a uma minoria iluminada, porque iluminados todos nós somos. Acredite que há um espírito empreendedor dentro de você, espírito capaz de te inspirar, de te fortalecer, de te impulsionar, e vá em busca do que te faz pleno e inteiro. Empreenda a sua própria vida, todos os dias.

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