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domingo, 25 de outubro de 2015

Mais uma primavera


Parabéns pra mim! <3


23 de outubro de 2015. Mais uma volta ao redor do sol que se completa para mim. O findar de um ciclo e o início de uma nova jornada. Porque aniversário para mim representa isso. Além de ser um motivo delicioso de se comemorar ao lado de quem a gente ama e quer bem, o que eu adoro fazer, é um momento de me reencontrar comigo mesma e reavaliar a minha relação com o mundo.

Engraçado como o aniversário vai mudando de significado com o passar dos anos. Quando eu era criança, lembro da espera ansiosa pela chegada dessa data. Contava os meses, as semanas, os dias, as horas, os minutos. Adorava comemorar o meu aniversário. E adorava mais ainda os preparativos! Como era bom ficar na cozinha com a minha mãe, ajudando a enrolar os docinhos, a rechear e cobrir o bolo, comer a rapa da panela, enrolar as balas delícia e enfeitar a mesa quando tudo estivesse pronto. E depois, a espera pela chegada dos convidados, os presentes, as risadas, as brincadeiras com meus amigos de infância. Ai, como eu queria fazer aniversário todos os dias! :)

Na adolescência, já não fazia mais comemorações, como se a data tivesse perdido um pouco o sentido. Também pudera, eu não via a hora de me tornar adulta, queria que os anos passassem logo. Bem que dizem que a gente se arrepende desse desejo depois que cresce de verdade! A única comemoração que lembro foi quando fiz 15 anos, em que eu tive a tradicional festa de debutante. Era como um anúncio de que a vida adulta estava chegando. Lembro das pessoas me dizendo que, depois dos 15, os anos passavam voando. E voaram, esses danadinhos...

Hoje, aos 27, me vejo com os pés já chegando perto da casa dos 30, embora insistam comigo que tenho ainda a carinha de 15, quanta bondade! :). Hoje já não tenho mais o desejo de que os anos passem apressados, embora o tempo me contrarie quase que diariamente nisso. Mas cada ano que chega, me sinto mais viva, mais segura e confiante, mais dona de mim, mais convicta da minha verdade, dos meus valores e crenças, cultivados ao longo de toda uma vida, que refletem hoje a minha essência.

Cada vez que a idade avança, recebo com alegria e gratidão o presente de estar simplesmente viva para poder comemorar e partilhar este momento. Comemorar mais um ano e abrir a alma e o coração para as novas experiências que o novo ciclo me reservam. O avançar da idade não me aflige. Recebo com muito amor as marcas no meu corpo que já começam a dar sinais da idade: as pequenas rugas no rosto, as olheiras, meus primeiros fios brancos, minhas poucas estrias e celulites, minhas varizes, um pequeno volume em meu abdômen. Marcas que fazem parte da minha história, que carregam os traçados da minha trajetória, que evidenciam a minha perfeita imperfeição!

E as marcas são também espirituais. Porque a cada ano que passa, eu renovo o sentido da minha caminhada, repenso os trajetos, rumo confiante para o futuro que me aguarda, vivendo no presente cada nova experiência, relembrando, saudosa, de tudo o que já passou e que me fortalece para seguir adiante.

Meus 27 anos chegam com muito amor! A renovação do meu amor próprio, a confirmação de que estou rodeada de amor. Agradeço, de coração, cada manifestação de carinho, cada abraço recebido, tenha ele sido pessoal ou virtual, cada palavra amorosa manifestando doces desejos para mim! Prometo manifestar minha gratidão pelos próximos 365 dias da melhor forma possível, vivendo cada um desses dias com intensidade e amor.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Sobre a motivação

Foto: Adriana Marques




















Minha mente anda cheia de ideias sobre temas para escrever... mas ideias não passam de ideias se não as colocamos em ação. Não é à toa que fala-se tanto da importância de se colocar sempre em movimento, porque o movimento faz fluir a nossa jornada.

Tem dias, porém (quase sempre, ultimamente), que simplesmente empaco no mundo das ideias. Falta aquele empurrãozinho, um incentivo, algo que motive a me colocar em ação. A verdade é que o mundo ao redor tem tantas a(dis)trações que, se a gente não se vigia, a gente acaba caindo na armadilha da procrastinação e vai deixando pra depois o nosso movimento, que é algo tão importante, que deveria ser a nossa prioridade, afinal, ele carrega toda nossa essência, e se rende às experiências imediatas que, na maioria das vezes, nem têm tanta importância assim, muitas vezes nem agregam tanto, mas por algum motivo a gente vai seguindo o fluxo.

E daí que hoje me deparei com um projeto pra lá de inspirador, de gente do bem que tá se colocando em movimento, e eis que a temática foi ela, a MOTIVAÇÃO. O projeto se chama Ligando Ideias, e seu objetivo é postar, semanalmente, vídeos colaborativos em que cada participante dá sua visão sobre a temática proposta para a semana. Quem quiser conferir, olha aqui que está muito bacana!

Vendo o vídeo, comecei a matutar sobre essa menina tão importante e me peguei pensando na palavra motivação. Motivação = Motivo + Ação. Ter um motivo para a ação. Bingo. A motivação é um elemento essencial em nossas jornadas, é ela que nos impulsiona e nos sacode a sair do lugar na busca dos nossos objetivos. Isso significa que, quando nos sentimentos desmotivados, o que na verdade nos falta é um motivo que nos leve a agir em busca de algo. Ou, o motivo pode até existir, mas nos falta a clareza sobre ele. E se não há motivo ou se ele ainda não está claro, a gente não age, fato.

Nesse exercício simples eu consegui perceber que o fato de eu estar estagnada no mundo das ideias e postergando diversos textos tem muito a ver com a motivação. Por mais que eu tenha me redescoberto na escrita, uma paixão antiga, tem dias que simplesmente me rendo às a(dis)trações ao redor e mino completamente o motivo para me colocar em ação, canalizando-a para outras atividades. E aí vou seguindo o fluxo e deixando para depois as minhas paixões. Só que o depois nunca chega. Porque depois sempre vem o cansaço, a preguiça, a falta de disposição e vontade, e aí mais uma vez me rendo ao fluxo ao invés de seguir o que fala o coração.

E para voltar ao fluxo da nossa jornada e se desligar do fluxo do mundo, não tem muito segredo, a não ser silenciar o coração e a alma e escutar, com atenção e cuidado, o que grita aqui, dentro da gente. Porque só assim, se aquietando, é que conseguimos nos reconectar com os motivos que nos levam a agir e nos colocar, novamente, em movimento. E não é vergonha nenhuma admitir, pra nós mesmos, o quanto não estamos nos comprometendo com nossos propósitos. Pelo contrário. Faz parte do processo de reconexão reconhecer a falha, entender o que tem levado a desvirtuar do caminho, nos redimir conosco, entender que o erro faz parte do processo, que com ele aprendemos a ser melhores a cada dia. Só isso já é motivo suficiente para reascender a motivação que há dentro de nós e continuar seguindo em frente. Para mim, motivação suficiente para me reconciliar com as palavras. Para deixar fluir as ideias para fora da cachola e deixar transbordar as palavras em forma de texto.

domingo, 12 de abril de 2015

Mudar dói




















Já fazia um tempo que não passava por aqui com tanta frequência. Já devem estar pensando que abandonei o barco, não é verdade? Confesso que essa ideia passou sim pela minha cabeça. E quantas e quantas vezes. E como isso dói no peito e na alma.

A verdade é que, desde que resolvi me aventurar pelo caminho da mudança, na busca de uma vida com mais significado, que unisse em um mesmo propósito todas as esferas da vida - pessoal, emocional, espiritual, profissional - não há um dia sequer em que a ideia de largar tudo e desistir dessa ideia não ronde a minha mente. Não há um dia em que os monstrinhos sabotadores de sonhos não se apoderem dos meus pensamentos. Não há um dia em que eu não sinta a dor que é se manter no caminho da mudança.

É, porque mudar dói. Sair da zona de conforto, se sentir inseguro, se colocar vulnerável, se abrir para o novo é um caminho intenso, confuso e muitas vezes doloroso sim. Ou você acha que basta apenas pensar positivo que tudo simplesmente se resolve e conspira a favor? Não, não mesmo.

Mudar de hábitos, mudar a forma como você vê o mundo não é tão simples assim. É um exercício diário de você contra você mesmo. É um confrontar constante entre o EU que você sempre acreditou ser você (o EU superficial, que mostramos para o mundo) e o novo EU que quer assumir de vez a morada do seu corpo (o EU de verdade, que sempre ficou ofuscado pelo EU que você insistia em mostrar para o mundo).

Quando a gente (re)descobre o nosso EU de verdade, o EU que nos move, que guarda todas as nossas crenças e valores mais profundos e verdadeiros, a alegria invade o nosso ser de maneira avassaladora. A gente quer assumir esse EU de todas as maneiras e abandonar o EU da superfície. E é aí que começa o confronto. Porque quando mergulhamos em nosso interior em busca de respostas, nos encontramos com o que há de mais puro dentro de nós e somos envolvidos com uma energia maravilhosa, que nos faz querer assumir todos os riscos e abraçar novos caminhos e ir de encontro a uma vida que corresponda aos nossos anseios mais verdadeiros.

Mas junto com essa clareza, vem também a dúvida e a incerteza de abandonar tudo aquilo que construímos até aqui para abraçar o novo, pois não sabemos no que resultará essa busca. Dá um medo danado de tudo dar errado, de perdermos tudo, de tudo não passar de um sonho maluco. E é aí que a dor começa a latejar dentro do peito, porque a gente sabe que há uma vontade enorme de mudar, mas há também o medo de agir e vem, junto, a vontade de abandonar o sonho e continuar vivendo a realidade atual, que parece um porto seguro, quando na verdade de seguro não tem nada. A segurança é uma ilusão que criamos para sabotar os nossos sonhos e devaneios.

Nessas horas a gente deve deixar a dor fluir, colocar pra fora. Guardar a dor, fingir que ela não existe só piora as coisas. A gente deve se permitir sentir tudo, seja prazeroso ou doloroso. Quando a gente se permite sentir, a gente enxerga as coisas com clareza, vai no fundo o sentimento e consegue perceber o real sentido de tudo no meio da dor. A gente compreende o que causa o sentimento, o porque dele estar ali, dentro da gente, e consegue se libertar dele para continuar seguindo em frente, apesar de todo o medo, de toda incerteza, de toda insegurança e todo anseio. Porque quando a gente realmente acredita naquilo que buscamos, a gente deixa de sucumbir à dor e passa a enxergá-la como um trampolim para alcançar aquilo que se almeja.

Porque a dor de se manter na zona de conforto e se contentar em ficar imaginando o que poderia ser se a gente tivesse tentado é muito maior e muito mais triste do que a dor que sentimos ao longo do nosso caminho de mudança. Porque essa segunda dor ela consegue nos arrancar sorrisos, ela nos impulsiona a continuar seguindo em frente e ela se torna imensamente pequena quando a gente para de focar na dor e volta o nosso olhar para o nosso caminho e se depara com cada pequeno detalhe, cada pequena conquista alcançada, cada pequeno passo dado. A gente olha pra tudo isso com um orgulho danado e, por isso, segue adiante, porque vale a pena continuar lutando quando temos a certeza de que o caminho escolhido vai de encontro ao nosso propósito e aos nossos anseios mais profundos.

Porque vale a pena enfrentar todas as adversidades quando o que está em jogo é a realização dos nossos sonhos. E se isso implica em mudar o rumo da nossa trajetória, que a gente mude, doa a quem doer. Deixa a dor fluir e segue adiante, mesmo na dor. Porque ao final da trajetória, terá valido a pena cada instante, terá valido a pena acreditar, persistir e confiar no sonho. Acredite!

domingo, 5 de abril de 2015

Que renasça o amor em nós

Serra da Piedade


















Hoje é páscoa. Independente da crença que te move, o fato é que a páscoa traz toda uma aura de recolhimento interior, de reflexão, um estar consigo mesmo, a busca de uma reconexão com o que está dentro de nós.

Um momento em que relembramos o sacrifício de um Homem que deu sua vida por toda a humanidade. Um Homem que, em sua breve passagem por esse mundo, não nos pediu muita coisa, apenas que nos amássemos uns aos outros. 

Às vezes eu olho o mundo ao redor e me bate uma enorme tristeza, porque este ensinamento tão importante parece estar se perdendo em meio a tanta vaidade e egoísmo. As pessoas às vezes brigam por tão pouco, perdem a razão por pequenas coisas, se sentem no direito de maltratar e julgar seus semelhantes, se esquecem que somos todos irmãos, que todos fazemos parte de uma mesma humanidade e, por isso, compartilhamos de uma conexão uns com os outros, que está acima de toda a diversidade que faz com que cada um seja um ser singular e único.

Há momentos em que sofro com a reação incompreensiva do outro. Há momentos em que a incompreensão parte de mim. Porque somos seres que lidam, o tempo todo, com a dualidade que há em nós. O que nos entristece no mundo também está dentro de nós, por mais que a gente insista em pensar que está apenas no outro. Somos seres humanos, somos imperfeitos, somos uma constante evolução.

E por sermos evolução é que ainda acredito na capacidade do ser humano. Acredito que haverá um dia em que viveremos em harmonia, em paz, em comunhão uns com os outros, praticando, diariamente, a cada instante, o ensinamento mais lindo que um Homem nos deixou, a mais de 2 mil anos. Porque eu acredito no poder do amor. Acredito que ele pode, sim, mudar o mundo. Talvez não o mundo inteiro, mas ao menos o mundinho que me rodeia, que está ao meu alcance. 

Porque quando partilhamos o amor, quando deixamos que ele floreça, cedo ou tarde ele retorna para nós e se multiplica ao nosso redor. Quando deixamos emanar o amor que há em nós, as pessoas ao nosso redor se contagiam e levam adiante. 

Que no dia de hoje, e em todos os dias daqui para frente, a sua verdadeira páscoa seja perceber a grandeza desse ensinamento de Jesus, que o amor renasça em seu coração e sua esperança se renove. Que a gente espalhe muito amor por aí e contagie os nossos irmãos. É o meu desejo para hoje e sempre!

domingo, 29 de março de 2015

Que a gente se dedique mais a viver





















Vira e mexe eu me pego por aí pensando na vida... Pensando no que passou, no que deixou de ser, no que me tocou, no que não consegui resolver.

Penso nas pessoas que cruzaram meu caminho em algum momento da vida e me pergunto onde todas elas estão hoje e de que forma cada uma delas marcou a minha vida. Lembro de tudo aquilo que me fez sorrir, me fez chorar, me fez sofrer, me fez amar.

E nesse fluir de pensamentos e devaneios, me dou conta que a vida é puro sentimento. A gente vai lá e faz porque sente vontade. Se o resultado for algo bom, a gente vibra, se alegra, se emociona, sorri. Se não for tão bom assim, a gente briga, esperneia, se arrepende, não entende, se conforma, começa outra vez.

Até dá medo, aquele frio na barriga, uma momentânea vontade de não arriscar. Mas a gente vai lá, cria coragem e faz. Mesmo sem saber o resultado que vai gerar, simplesmente faz e pronto. E o resultado do nosso feito cria, de novo, um misto de sentimentos.

E por isso viver é sentir. Um ciclo infinito de começo, meio e fim. Um eterno (re)fazer e (re)começar. Um amor e ódio sem fim.

É passear o tempo todo entre o imaginário e o real. É ouvir o uivo do vento e o toque do seu soprar. É se debruçar sob a sobra de uma árvore e se deliciar com os frutos que ela dá. É olhar para o horizonte e imaginar o que há além. É sentir o cheiro das flores propagado pelo ar.

É simples, veja. A beleza está onde miramos o nosso olhar.

E depois de todo esse devaneio, quero apenas desejar que, a cada instante, possamos nos dedicar mais a viver. Viver aquilo que nos faz sentir bem. Viver mais para nós mesmos. Viver para quem nos ama e nos faz sorrir. Viver em harmonia com o mundo, respeitando a diversidade, tendo compaixão pelo irmão, não importa sua raça ou crença.

Viver sem ter vergonha de suas origens, sem ter medo de expressas o que pensa ou sente, sem se preocupar tanto com a opinião alheia.

Porque se viver é sentir, quero ter a paz de saber que estou vivendo a liberdade de viver da forma que me convir e me fizer bem, respeitando sempre o limite do outro. Porque viver é se permitir.

Muita vida e sentimento é o que eu desejo!

domingo, 1 de março de 2015

Escolha viver!

E pelos trilhos da vida, feliz eu vou vivendo.





















Eu não canso de dizer que todos os dias são dádivas em nossas vidas. E que cada novo dia é uma nova oportunidade de fazer o nosso melhor sempre, de trilhar o caminho que a gente acredita que nos levará ao destino que sonhamos e desejamos alcançar. E só tem uma coisa nessa vida que pode nos impedir de aproveitar, com toda intensidade, as dádivas de todos os dias: a nossa escolha.

Sim, está tudo em nossas mãos, em nosso poder de escolha. Porque tudo o que acontece em nossa vida é fruto das escolhas que fizemos um dia.

Diante de um grande desafio, cabe a nós escolher se vamos nos acovardar e desistir de seguir em frente ou se vamos enfrentar e acreditar que somos capazes.

Diante da dor, podemos torná-la um sofrimento que nos machuca permanentemente ou aprender a lidar com ela como um aprendizado necessário em nossa jornada, um momento que vai passar e do qual vamos sair mais fortes para seguir adiante.

Diante da dúvida, podemos escolher permanecer na inércia, por temer aquilo que o caminho nos reserva, ou podemos fazer da dúvida um trampolim para buscar as respostas pelas quais nossa alma tanto anseia, vivendo as experiências e as surpresas que o destino nos reserva.

Diante da vida, podemos escolher ficar na plateia, apenas observando e deixando o tempo correr, nos escondendo atrás das cortinas, ou podemos ser os protagonistas, que encaram a plateia com brilho nos olhos, com a alma leve e o coração alegre e enfrentam todo medo, toda dúvida, toda dor, todo julgamento, todo anseio, todo desafio, simplesmente porque escolhemos viver.

Não importa as adversidades que surjam ao longo da sua jornada, escolha viver, escolha ter histórias para contar ao final da sua trajetória. Porque escolher viver é abraçar a sua própria essência, é se permitir experimentar o novo, é acreditar no sonho mesmo quando ninguém acredita, é seguir adiante mesmo quando tudo parece não conspirar a favor, é percorrer um caminho mesmo sem saber o que o destino lhe reserva, é agradecer ao Universo e ao Criador da melhor maneira pela dádiva que você recebeu ao nascer nesse mundo: a sua Vida! Eu te convido a fazer a sua escolha, eu te convido a escolher viver a vida com toda sua verdade! Escolha viver! :)

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Acredite em você!
























A gente não tem ideia do que é capaz de fazer, onde pode chegar até o dia que a gente vai e faz. Ontem foi um desses dias para mim. E vou te dizer, foi incrível, emocionante, libertador. Eu já contei aqui que sou ciclista (não por acaso, muitas das fotos que uso para ilustrar os textos do blog tem alguns pedais envolvidos). E ontem, o universo me presenteou com um passeio incrível: saímos de Betim, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte, rumo à Lagoa da Pampulha, um dos principais pontos turísticos de BH. Pedalando, gente!

No total, 85 km de pedalada, ida e volta, com direito a volta completa na lagoa. O passeio mais longo que já fiz na vida, por um caminho que percorro, todos os dias, para ir de casa para o trabalho. Hoje, passando por lá de carro, quase não conseguia acreditar nessa insanidade que foi ontem.

Na ida, tudo perfeito, ainda de manhã cedinho, sol entre nuvens, brisa fria pra refrescar o corpo quente. Ao final de um pouco mais de duas horas, chegamos ao nosso destino, a lagoa. Nossa, fiquei em estado de euforia, não conseguia acreditar que tinha chegado ali com a força das minhas próprias pernas, com ar que pulsa em meus pulmões. Foi uma sensação mágica! Percorremos os 18 km da lagoa, me deslumbrei com a paisagem já conhecida, algumas paradas para registrar o momento, abastecer as energias do corpo, sintonizar a mente com a energia do lugar.

Do mirante, vi a cidade, lá longe. Olhei para a imensidão do céu, agradeci a Deus por ter colocado a bike no meu caminho, por ter me apaixonado tanto por esse esporte, pelas pessoas que conheci através da bike. Agradeci por não me deixar abater pelo medo, pelo desânimo, pelo cansaço. Agradeci por acreditar na força que há aqui, dentro de mim, por me deixar conduzir pela minha intuição. Agradeci, agradeci, agradeci.

Na volta, o caminho é ainda mais desafiador. As pernas já doloridas pelo esforço da ida, a água que já não mata mais a sede de tão quente que está, o sol de meio dia que castiga e suga a energia da gente. É sofrido, tem horas que é assustador, parece que é impossível conseguir finalizar. Em alguns momentos, dá vontade de descer da bike, sentar e esperar. É um entrave interno constante. E quando o cansaço parece que vai nos vencer, vem a força, sabe lá de onde, de dentro da gente, nos encorajando a continuar. Vem os amigos mais experientes, com mais resistência, que nos ajudam a subir as ladeiras quando nossas pernas já não aguentam mais. E quando menos se espera, depois de tantas subidas sofridas, chego ao alto do morro e olho pra baixo para o que me espera: uma descida incrível para descansar as pernas, para desfrutar do vento que refresca, para se desafiar e bater a velocidade máxima.

Só mais um pouco, tá chegando o fim da trajetória. Enfim, chego em casa, ainda meio sem entender o que tinha se passado ali. As pernas latejavam, o corpo todo estremecia, a cabeça dolorida, mas lá dentro do peito, uma emoção indescritível. Beto e eu nos olhávamos, a ficha ainda não tinha caído, a gente começou a rir. Era a alegria invadindo a alma da gente, a gratidão por ter vencido o desafio.

E tudo isso só foi possível porque eu acreditei. Mesmo quando disseram que eu era loucura, mesmo quando não acreditaram que seria possível realizar esse feito, mesmo quando duvidaram e acharam que eu não conseguiria, eu simplesmente não dei ouvidos. Eu acreditei em mim, acreditei na minha loucura, acreditei que era possível. Fui lá, com a cara e a coragem e fiz o meu sonho acontecer. E você também pode fazer o sonho acontecer. No trajeto, podem aparecer adversidades, podem haver momentos em que a vontade de desistir é enorme, insuportável, mas se a gente acredita, de verdade, a gente enfrenta tudo, assume a nossa loucura, realiza o impossível e percebe o quanto é capaz de realizar. Acredite!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Um pouco mais de paciência

Pare, olhe, escute. A vida é muito rara pra gente se atropelar pela pressa.





















Nesses tempos de tanta urgência, de tanta pressa e correria, um pouco mais de paciência é sempre muito bem vindo. Talvez você venha me dizer, impaciente, "nossa, mas já estou cansado(a) de esperar, o que mais eu preciso fazer para que as coisas comecem a acontecer" e eu te digo, mesmo que você fique contrariado(a), "ter um pouco mais de paciência talvez seja o que você precisa".

A verdade é que, em meio a tanta urgência que nos é exigida o tempo todo, a gente vai se esquecendo, pouco a pouco, que muitas vezes é preciso esperar para que nossas ações comecem a dar resultado. Estamos tão contaminados pelo imediatismo, pela "necessidade" de querer que tudo se resolva na hora que a gente quer, que a gente simplesmente não tem paciência pra ficar esperando.

E por não ter paciência é que, muitas vezes, iniciamos tantos projetos e os deixamos pela metade. Quando a gente começa algo, a gente espera que o resultado venha na velocidade da luz. E quando ele não vem, a gente simplesmente abandona e se justifica que não deu certo porque a gente não é capaz, porque aquilo não é pra gente, que não era pra ser. Mas será mesmo?

Eu acredito muito em destino, que cada um de nós está predestinado a cumprir uma missão nesse mundo. Acredito, de verdade, que quando algo é para ser nosso, não há nada nem ninguém que possa tirar isso de nós. Só que é preciso entender que o destino não é algo que vai chegar a nós se a gente ficar aqui, paradinho, que se está predestinado a acontecer, eu não preciso fazer nada sobre isso. Não é bem assim. As coisas somente acontecem quando a gente busca, quando a gente faz por onde, quando a gente se movimenta e age para que as coisas aconteçam.

E é aí que entra a nossa amiga paciência. Imagine que você tem o objetivo de chegar no alto de uma montanha muito grande. No início, você se empolga todo, já começa a imaginar que incrível vai ser a vista ao chegar lá em cima e toma aquele fôlego para começar a caminhada. Aí, nas primeiras horas de caminhada, você olha lá pra cima, bate um desânimo que vem sabe lá de onde e fala pra você mesmo "nossa, vai demorar dias pra eu conseguir chegar lá no alto, eu devo estar ficando maluco de querer fazer isso. Não vou conseguir fazer isso, nossa, eu não tenho paciência para ficar caminhando por tanto tempo. Não tem um jeito mais fácil de chegar lá em cima? Ai, acho que vou voltar enquanto ainda é tempo".

Agora pensa em tantos projetos que você já iniciou nessa vida e quantas vezes você se viu diante do resultado esperado que não chega e já não se colocou na mesma posição de quem olha para o alto da montanha e desiste nas primeiras horas de caminhada, porque vai demorar muito, porque você quer um meio mais rápido de chegar ao final... É isso que acontece quando a gente perde a conexão com a tão necessária paciência.

Agora vou te propor mais um exercício consigo mesmo. Olha pra trás, visualiza tudo o que você já fez nessa vida e que te levaram a ser tudo o que você é hoje. Pensa nos conhecimentos que você acumulou, por exemplo. Você conseguiu aprender tudo o que sabe hoje em uma sentada, ou precisou ler muitos livros, viver muitas experiências, até levar alguns tombos em alguns momentos, para que você saiba tudo o que sabe hoje? Pensa nos seus amigos, mas aqueles de verdade, nos quais você pode confiar de olhos fechados. Bastou uma única conversa para que vocês se tornassem amigos pra vida inteira, ou exigiu um cuidado mais atencioso, uma convivência mais intensa para conhecer o outro em profundidade, conversas e mais conversas para amadurecer o sentimento entre vocês e gerar a confiança um no outro, a ponto de confidenciar segredos, de dar conselhos, de ouvir críticas, de aceitar o aquilo que não gosta no outro?

Eu poderia dar mais tantos outros exemplos, mas acho que esses deixam claro pra gente que, resultados, para serem duradouros, exigem tempo, esforço, perseverança, paciência e espera. Mas não é uma espera passiva, em que ficamos simplesmente sentados esperando que as coisas aconteçam sozinhas. Pelo contrário, a espera tem que ser ativa, enquanto esperamos os resultados, a gente tem que ir plantando as sementes, regrando, podando, até que os frutos estejam maduros para serem colhidos e saboreados no tempo certo. Durante a espera, se permita curtir cada passo dado. Vibre por cada desafio vencido, por cada pequena conquista alcançada. Entenda que cada passo, por mais pequeno que possa parecer, é fundamental para fortalecer o seu espírito ao longo da sua trajetória e te tornar cada vez mais forte e confiante para continuar seguindo, pacientemente, em busca do seu destino.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Cuide do seu jardim

Foto: Folhagens que compõem a obra jardim de narciso, no Inhotim























Fico me perguntando, por que às vezes a gente é tão duro com a gente mesmo?

A gente se maltrata tanto e nem se dá conta... Quantas vezes a gente desiste do sonho por achar que não é capaz? Quantas vezes nos acomodamos a uma determinada situação em nossa vida, mesmo que estejamos infelizes, pelo fato de acharmos que estamos seguros assim? Quantas vezes deixamos de lado um desejo de mudança, por temer que tudo dê errado? Quantas e quantas vezes deixamos de ser nós mesmos, por vergonha do que os outros vão pensar de nós?

E por sermos assim tão duros com a gente mesmo, a gente se sufoca, se enclausura e não se permite viver o que acreditamos e sonhamos. Não acreditar em nossa capacidade, ter medo de perder a segurança, medo de dar errado, sentir vergonha de si mesmo, são sentimentos que existem dentro de nós, afinal, somos humanos e tendemos a questionar a possibilidade do novo por esse viés e não há nada de errado nisso. Mas se a gente não cuidar e se deixa dominar por esses sentimentos, eles se tornam verdadeiras ervas daninhas, capazes de nos enfraquecer e murchar as flores do jardim do nosso coração. E flores murchas não alegram a vida.

Eu te faço um convite. Cuide do seu jardim, deixe-o florir e colorir a sua alma e o seu coração. Quanto às ervas daninhas, elas sempre vão existir aí dentro, a gente não consegue eliminá-las, mas podemos combatê-las com boas doses de um adubo poderoso: o amor próprio. Ame-se, cuide do seu jardim.

Porque a gente é capaz sim de realizar. Basta você olhar pra trás e ver todo caminho que você já trilhou para chegar onde está hoje. Se você chegou aqui, enfrentando todas as suas batalhas, e conseguiu manter vivo o seu jardim, você pode ir sempre além. Sempre há novas flores para plantar, sempre há sementes para semear e regrar, sempre há mudas novas para transplantar.

Porque a gente não precisa e nem merece viver infeliz. A gente não precisa aceitar uma situação em nossa vida só porque parece ser seguro e, além do mais, segurança mesmo a gente nunca tem. Porque viver é arriscar, é colocar fé naquilo que a gente acredita mesmo sem saber o fim que vai dar, é seguir adiante e perseverar, mesmo quando ninguém mais nos apoiar. Porque quando a gente semeia sementes em nosso jardim, muitas vezes a gente nem sabe como serão suas flores, mas mesmo assim, a gente coloca fé e cuida com carinho e afeto, para que cresça e floresça lindamente, trazendo alegria para nosso jardim.

E, acima de tudo, a gente não precisa se envergonhar daquilo que a gente é só para agradar o mundo ao redor. Porque quando a gente se limita, a gente não é livre para trilhar o nosso caminho. Assumir a nossa jornada é assumir aquilo que somos, sem máscaras, sem ressalvas. É deixar florescer em nosso jardim as qualidades de flores que formam a nossa identidade, que nos fazem únicos no mundo. Porque quando a gente poda flores essenciais apenas para conviver bem com o mundo, a gente se fecha para a pessoa mais importante: nós mesmos.


Por isso, cuide do seu jardim, especialmente das flores que são a sua marca, que refletem a sua essência com toda intensidade, e semeie pelo mundo aquilo que você tem de melhor. 

sábado, 31 de janeiro de 2015

Quando a mudança acontece
























Hoje o texto tem um sentimento todo especial. Faz um mês que tomei a decisão de mudar a minha maneira de ver e viver a vida. Um mês que iniciei todo esse movimento aqui, concretizado nas páginas do Renascer um novo Eu. Um mês intenso em todos os sentidos: de muito aprendizado e crescimento pessoal, de muita entrega minha em todos os meus texto (mesmo que não tenha sido na frequência que, inicialmente, eu esperava ter), mas também um mês de muitos questionamentos, muitas lutas internas, muitos momentos de reflexão solitária.

A verdade mesmo é que quando a gente decide que quer dar um rumo diferente pra nossa vida, o começo sempre tem aquele gostinho de empolgação, de pique total, quando queremos fazer tudo que estiver ao nosso alcance para que as coisas aconteçam. Só que, com o passar dos dias, naturalmente a empolgação inicial da novidade dá lugar à rotina e, se a gente realmente não estiver em profunda sintonia com esse propósito de mudança, a gente corre um risco muito grande de cair na armadilha do desânimo e a voltar, outra vez, para o estágio anterior ao desejo de mudança, desistindo de tudo na primeira dificuldade que aparecer pelo caminho.

E isso já aconteceu comigo em diversos outros momentos. Toda vez que eu firmava comigo mesma iniciar uma mudança, começar um novo projeto pessoal, eu passava por esse estágio da empolgação e, no final, a coisa não fluía, simplesmente não vingava e eu me via de novo, de volta a estaca zero. Lembro claramente do Beto me dizendo várias vezes, sempre que eu surgia com uma ideia nova: "Adri, você vai começar e não vai dar continuidade nisso, igual das outras vezes... já reparou que está sendo sempre assim? No meio do caminho você pega e desiste."

E era exatamente isso o que acontecia. E sabe por que? Porque para as coisas fluírem, é preciso ter consistência entre aquilo que você é e aquilo que você se propõe a fazer. E para que haja consistência, é preciso, antes de mais nada, se autoconhecer, entender o que se passa dentro de nós mesmos. E é aí que eu caía na armadilha. Por não conhecer, com clareza, aquilo que eu realmente queria para mim, eu não conseguia dar continuidade a nenhum projeto que eu tentasse começar, simplesmente porque faltava essa conexão fundamental com a minha essência, com os meus desejos mais profundos.

E, ao longo de todo esse mês com o blog no ar, que é o meu projeto pessoal ao qual estou me dedicando com todo o carinho que há dentro de mim, olha, foram muitas as vezes em que eu me peguei com um desejo danado de abandonar tudo. Muitas as vezes em que questionei a mim mesma que não valia a pena ficar perdendo tempo com isso, que isso não ia dar em nada. E dessa vez, eu lutei bravamente contra esses sabotadores internos que, vira e mexe, vem nos atormentar e, sabe por que? Porque agora, pra mim, existe uma clara conexão entre o meu projeto e aquilo que o meu EU mais profundo deseja, porque eu tenho dentro de mim um desejo intenso de impactar outras pessoas com a minha mensagem, porque eu quero deixar a minha marca no mundo. E através dos meus textos, acho que estou conseguindo, mesmo que de forma ainda tímida, a começar esse movimento.

Nossa, incrível como um único mês conseguiu significar tanta coisa. Pode parecer pouco, mas para mim representa um mês que valeu mais que um ano inteiro. Trinta dias em que me esforcei continuamente para me manter firme em meu propósito de viver um dia de cada vez, sem correrias e atropelos; em que consegui visualizar, claramente, que quando a gente se entrega de verdade e faz as coisas no embalo do coração, a mudança é real. E, não poderia deixar de dizer, um mês que me mostrou tantas pessoas incríveis e especiais eu tenho ao meu redor. Pessoas que gastaram um pouquinho do seu tempo para dar atenção ao que eu escrevo, pessoas que me encorajam com suas palavras de incentivo, pessoas que demonstram sua gratidão por verem sentido em algo que eu escrevi e que impactou, de alguma forma, a sua maneira de pensar sobre determinado aspecto da vida.

Não tem retorno mais incrível que esse. E é por cada um de vocês que eu vou permanecer firme nessa jornada de entrega e amor, compartilhando minhas experiências, minhas vivências, minhas inspirações. A vocês, toda minha gratidão! <3

domingo, 25 de janeiro de 2015

Empreenda sua própria vida

Defina o seu destino, escolha o seu caminho, aproveite cada instante do percurso, empreenda sua própria vida.




















Empreender. Dar princípio a. Intentar. Decidir-se a. Procurando no dicionário sinônimos para essa palavra, que costumamos de maneira tão forte traduzir como algo inalcançável, acessível a pessoas "iluminadas" por um espírito empreendedor, encontrei essas três sugestões. Aqui, inverto a ordem de aparição do dicionário, para clarear o entendimento.

Intentar. A intenção de fazer algo, ainda o mundo das ideias difusas e complexas, onde nada é muito claro. Embora haja a intenção, pode ser que ainda não se tenha a menor ideia de onde começar. É preciso organizar as ideias para facilitar o seu entendimento.

Decidir-se a. A ideia toma forma mais clara, possibilitando traçar objetivos e definir caminhos. Com maior noção de onde se quer chegar, é possível tomar a decisão.

Dar princípio a. Transformar a decisão em ação, dar o pontapé inicial que fará o sonho acontecer e se tornar realidade.

Visualizando o meu próprio processo de mudança, percebo que essas três fases, se é que posso chamar assim, são extremamente importantes para que empreender seja possível. Nesse momento você pode me perguntar: mas, afinal de contas, o que é que você está empreendendo, que processo é esse que você tanto fala? Eu te digo então, que estou empreendendo nada mais do que a minha própria vida.

Sim, é isso mesmo. Voltando um pouquinho na minha história, para contextualizar, nos últimos anos eu vinha me sentindo muito infeliz com a minha vida, de modo que eu não conseguia enxergar propósito algum em nada que eu estivesse fazendo. Estava vivendo no piloto automático, numa rotina desgastante casa-trabalho-trabalho-casa que a única coisa que eu conseguia visualizar nos meus dias era o quão mais próximos estavam do final de semana.

O final de semana chegava, se acendia uma pequena fagulha de alegria. Mas era só ele terminar e meu tormento começava outra vez. Até que me cansei de ficar me lamentando por aí e percebi que não dava para continuar assim, que eu precisava fazer algo sobre isso, ou poderia se tornar uma patologia crônica, de verdade. Eu não queria apenas sobreviver, que era o que eu estava fazendo até então. Eu queria mais, queria viver. Não dava pra ficar só esperando o final de semana chegar para que viver fosse possível. Mas como eu poderia tornar a minha semana útil tão satisfatória e proveitosa quanto os fins de semana?

Aí surgiu a minha intenção: eu queria muito tornar todos os meus dias com gostinho de final de semana, eu queria que os sete dias da minha semana fossem dias prazerosos, mesmo com a rotina pesada de trânsito e trabalho. Mesmo não sabendo bem como eu faria isso, fui buscando, trilhando pelo caminho do autoconhecimento, até que consegui encontrar uma luz no fim do túnel: para que eu conseguisse fazer da minha semana uma jornada incrível, fazendo de todos os dias, inclusive as tão temidas segundas-feiras, dias intensos e cheios de experiências que proporcionassem sentimentos positivos, eu comecei a me lembrar de tudo aquilo que realmente me faz sentir viva e pactuei comigo mesma que introduziria, no meu dia a dia, uma pitada desses pequenos prazeres.

Da intenção, passei à decisão de mudar a minha rotina, mesmo que com pequenas doses, mas que com toda certeza fariam a diferença. E então, comecei a agir. Tirei meus textos da cabeça, comecei a escrever no papel, como se fosse um diário, e a vontade de compartilhar era tanta que decidi começar esse blog. Voltei a rotina de pedais junto com o Beto, introduzindo alguns dias à noite durante a semana. Iniciei uma nova relação com a comida, alimentando-me com mais consciência do que realmente faz bem para o meu corpo e mente. Voltei a buscar conhecimento de forma autônoma, seja nos livros ou em blogs de pessoas que me inspiram. Voltei a cuidar com mais carinho e esmero da minha casa, me dedicando mais aos afazeres domésticos.

E com essas pequenas atitudes, tenho criado novos hábitos na minha rotina, que tem me proporcionado viver de forma mais plena e consciente, a buscar aquilo que condiz com minha verdade, com a minha essência, me reconectando com o meu eu que estava por aí, perdido. E posso dizer que meus dias hoje realmente valem a pena. E aqui não estou falando de perfeição, de forma alguma. Estou falando de buscar um propósito, todos os dias, de fazer cada dia valer a pena, de ser grato por mais dia em nossas vidas para poder trilhar os caminhos que levam aos nossos sonhos e objetivos. Cada dia é um presente e assim deve ser aproveitado. E o resultado de cada dia, seja ele bom ou ruim, é um aprendizado.

E por tudo isso, digo que comecei a empreender a minha própria vida, que parei de ficar esperando que o milagre aconteça e comecei a trilhar o meu caminho, cheio de propósito. E não há empreendimento mais valioso que a nossa vida. Somos todos empreendedores natos, empreender não é reservado apenas a uma minoria iluminada, porque iluminados todos nós somos. Acredite que há um espírito empreendedor dentro de você, espírito capaz de te inspirar, de te fortalecer, de te impulsionar, e vá em busca do que te faz pleno e inteiro. Empreenda a sua própria vida, todos os dias.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Sobre vencer o medo

Vista do alto da Serra do Rola Moça. Um dos passeios de bike mais incríveis que eu já fiz. Eu fui, mesmo morrendo de medo de não dar conta, de não conseguir chegar até o fim. Encarei o medo e a recompensa: essa vista incrível! :)























Se tem um sentimento nessa vida que é capaz de nos paralisar totalmente no caminho pela busca dos nossos sonhos, esse sentimento é o medo. Ele funciona como uma autoproteção, acionado sempre que nos sentimos em uma situação de perigo. A questão é que entre proteger e aprisionar há uma linha tênue e quando deixamos o medo dominar a nossa mente a ponto de controlar as nossas ações e emoções, a gente se aprisiona dentro de nós mesmos.

O medo pode estar relacionado a diversos fatores. Ele pode ser fruto de uma experiência traumática. Por exemplo, imagine uma criança que é apaixonada por cachorros e, certo dia, brincando com um, acaba sendo atacada. É bem provável que essa criança passe a sentir medo quando ver um cachorro, pois passará a associar o animal a uma experiência dolorosa, concluindo que todos os cachorros são perigosos e vão lhe fazer mal.

Outro gatilho para o medo é uma experiência nova. A gente tende a temer o novo, a mudança, justamente por não sabermos ao certo qual será o resultado obtido. O desconhecido, a primeira vista, nos assusta e muito. Mas se não dermos uma chance para o novo, jamais saberemos o que poderia ser ou deixar ser.

Eu identifico ainda um terceiro fator que pode gerar em nós o sentimento de medo: a experiência do outro. Sim, a gente tende a se basear muito na experiência e nos relatos do outro para nos posicionarmos diante de determinadas situações. Não que isso seja ruim, muito pelo contrário, é sempre bom ouvir conselhos quando temos dúvidas sobre determinada situação. A questão é até que ponto consideramos a visão do outro nas nossas tomadas de decisão, se a opinião do outro nos ajuda a confirmar as nossas convicções ou se funciona como um sabotador, se sobrepondo à nossa própria visão.

E aí são duas situações: confiamos na experiência do outro porque ele passou por uma situação traumática e acreditamos que aquilo também poderá acontecer conosco ou porque não nutrimos em nós mesmos confiança suficiente a ponto de romper as barreiras que nós mesmos criamos em relação ao que os outros vão pensar de nós. Em ambos os casos, o sentimento dominante é o medo. Medo de não gostar da experiência, medo da decepção, medo de não dar certo, medo de se arrepender, medo da reprovação.

E de tanto sentir medo, a gente acaba deixando de viver. Eu mesma posso dizer que já deixei de fazer muitas coisas em função do medo. Quanto tempo deixei meus textos guardados com medo de não ser lida? Quanto tempo vivi com medo de tirar minha habilitação porque achava que jamais seria capaz de dirigir? Quantas vezes desci da bicicleta diante de uma descida mais íngreme por medo de cair? Quanto tempo esperei para visitar um destino que eu sempre quis porque os outros diziam que o lugar era perigoso, que eu não ia gostar?

Até o dia em que resolvi dizer não para meus medos e sim para as experiências que me esperavam lá fora. Lancei o blog, tirei minha habilitação, desci muitos morros sobre a bike, visitei o destino que eu tanto queria. E o que eu fiz com o medo? Simplesmente aprendi a conviver com ele, porque a verdade mesmo é que o medo sempre vai estar ali, cumprindo a sua função de nos alertar. Cabe a nós decidir se quem vencerá essa briga dentro de nós será o medo ou a coragem. E quando quem vence é a coragem, pode ter certeza que viver se torna uma aventura incrível, repleta de histórias pra contar. Que o medo seja do desconhecido seja seu impulso para desbravar novas possibilidades.



quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

O dia que a inspiração não veio

Quando a inspiração dá seus sumiços, pare alguns instantes, aprecie a beleza escondida na simplicidade das coisas,





















Eu já esperava que um dia isso fosse acontecer, aliás, acredito que não há quem não passe por isso com certa frequência nesses tempos frenéticos em que vivemos. Ontem eu tinha me programado para escrever (já tinha definido que as terças, as quintas e os domingos seriam dias de postagem no blog, a fim de manter uma rotina).Mas, quando a inspiração não vem e a gente tá sem energia, não adianta a gente ficar martelando na frente do computador, o texto não sai, de jeito nenhum. E quando sai, geralmente vem só um emaranhado de ideias soltas e sem sentido.

Ontem teria sido um dia como outro qualquer, sem nenhum imprevisto ou acontecimentos especiais. Acontece que resolvemos voltar ontem à rotina de pedal, considerando que há meses a gente tem negligenciado isso em nosso dia a dia. A falta de disposição era tamanha, que nem nos finais de semana, que eram dias sagrados de pedal, a gente tava se animando mais.

Aí, é aquela história, a gente começa a querer encontrar desculpas pra tentar se justificar: é a falta de tempo, é o calor, é o cansaço. Talvez alguns desses motivos até nem sejam desculpas mesmo, de verdade. Mas mesmo que sejam realidade de fato, o que a gente não pode é se deixar vencer por essas variáveis, porque elas sempre estarão presentes em algum momento, tentando roubar a nossa energia, o nosso ânimo e a nossa vontade de viver a vida com intensidade.


E é aí que entra a nossa escolha. Porque só depende de nós mesmos decidir se vamos continuar nos entregando às adversidade que aparecem no caminho ou se vamos levantar a cabeça, sacudir a poeira e fazer algo para virar o jogo e encontrar o ânimo perdido. E ontem foi o que aconteceu, a gente simplesmente decidiu dizer não para a preguiça e dizer sim para o movimento. Saímos para pedalar.

Tudo bem, a gente voltou mega cansado de um pedal curto (o preço que se paga por ficar tanto tempo parado), o cansaço roubou completamente a minha inspiração para escrever ou fazer qualquer outra coisa que não fosse cair na cama e apagar, ficamos hoje o dia todo com a sensação de esgotamento físico, mas tenho que dizer, a satisfação por estar caminhando rumo a retomada dessa rotina é maior que qualquer cansaço e um estímulo para seguir em frente. Que assim seja! :)

E o que eu quero dizer com tudo isso? Bom, nem todos os dias são perfeitos, nem sempre as coisas vão sair conforme planejamos, a inspiração talvez nos traia naquele dia e não dê o ar de sua graça. Mas, não tem problema, a partir do momento que a gente toma consciência de que a perfeição é uma ilusão e que planejamento não é camisa de força, a gente simplesmente entende que um novo dia virá e que nele a gente terá oportunidades incríveis de realizar o que a gente sonhar. Talvez basta apenas uma boa noite de sono, um banho relaxante, um café da manhã energizante para que as ideias entrem nos eixos e a inspiração flua. Porque a vida é isso, a gente pode recalcular a rota, rever o planejamento, mas o sentido do fluxo é seguir em frente, sempre.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Deixa que digam, que pensem, que falem

Foto: Adalberto Ferreira
A gente só precisa estar bem com a gente mesmo e alinhado com a nossa essência. Deixa ser aquilo que se é.






















No embalo do eterno Jair Rodrigues, que sempre me inspira com esses versos simples, versos que sempre trago a tona quando preciso me libertar da minha prisão particular: me preocupar demais com o que os outros vão dizer, pensar ou falar.

É incrível como a gente se deixa abalar tanto assim com opiniões alheias. A gente sempre se pega fazendo algo de determinada maneira porque alguém disse que deve ser feito assim - mesmo que, no fundo, no fundo, a gente não acredite que deva ser assim -, ou deixa de fazer tanta coisa nessa vida porque alguém pode não gostar ou pode te julgar por isso. Se a gente se deixar sempre levar por esse pensamento, chega uma hora que a gente simplesmente se perde de nós mesmos e passa a viver e fazer não aquilo que a gente quer e sonha, mas sim aquilo que alguém espera de nós, atendendo expectativas que não são as nossas, mas a dos outros.

Será que vale mesmo à pena deixar de viver a nossa vida do jeito que a gente quer e deseja para viver em função do que os outros vão dizer ou pensar?

O fato é que, não importa onde a gente esteja, sempre vai ter alguém para nos desencorajar, para nos dizer para não fazer isso ou aquilo porque não vai dar certo, porque ninguém vai gostar. Mas, se a gente mudar o nosso foco, se a gente começa a olhar por outro prisma, tenha certeza que pelo caminho também sempre haverá alguém que fará exatamente o contrário, que vai nos dar toda força do mundo e nos apoiar nas nossas escolhas e decisões.

A verdade mesmo é que a gente não precisa do aval de ninguém para fazer as coisas acontecerem em nossa vida. A gente só precisa querer, mas querer mesmo, com toda força da nossa alma, e agir para que as coisas aconteçam. Pode ser que não dê certo, mas também pode ser incrível. Você só vai descobrir se tentar.

Enfrenta o seu medo, mostra pra ele que sua vontade e sua coragem são maiores que ele e vai! Se agarre ao seu sonho, se agarre àqueles que lhe dão força e que acreditam em você, se agarre à sua essência e ao que você é, se agarre em sua fé em si mesmo e vá ao encontro do que é seu, do que está guardado para você.

E se alguém tentar te desencorajar pelo caminho, deixa que digam, que pensem, que falem.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Sobre as crianças e as pessoas grandes

Foto: uma bonequinha muito querida, que mamãe me deu de presente no meu último aniversário. Dizem que, para os nossos pais, nunca deixamos de ser crianças. Dizem também que a gente devia sempre ouvir os nossos pais! :)







Recentemente, minha sobrinha do coração me apareceu com um livro que encheu meus olhos de brilho. Era O Pequeno Príncipe. Ela o estava lendo para fazer um trabalho da escola. Comecei a foleá-lo ali mesmo, na mesa da copa, e logo nas primeiras páginas me encantei absurdamente pela história e fiquei me perguntando como é que fiquei tanto tempo sem conhecer essa história fascinante...

Até então, a única frase que dele conhecia era a famosa "tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas". Passou um tempo desde esse dia e, só agora, de fato peguei o livro emprestado e devorei cada página com muita atenção e carinho e, no fim, entendi porque eu não o tinha encontrado antes. Porque simplesmente eu não teria entendido com a mesma intensidade, por não ter ainda vivido o momento que estou vivendo hoje, e como sou grata por isso e pela perfeição do Universo que faz com que tudo aconteça a seu devido tempo.

Explico: quando a gente passa por esse processo de introspecção, de olhar para dentro de si para buscar respostas para nossas angústias, para reencontrar o nosso verdadeiro EU, umas das coisas mais maravilhosas é o retorno das memórias da infância. Falo não das vivências da infância, mas sim do jeito de ser da criança.

E a gente compreende que, para entender o que se passa ao redor com profundidade, é preciso colocar as nossas lentes de criança, se colocar diante do mundo como quem acaba de abrir os olhos e começa a tateá-lo pela primeira vez, fazendo de cada experiência uma descoberta incrível, se maravilhando com cada detalhe, se deixando cativar pelos desenhos das nuvens no céu, pelo formato das árvores quando olhadas contra a luz do sol, pelo assovio do vento ao pé do nosso ouvido, pelo brilho das estrelas que iluminam a escuridão da noite. Porque só as criança conseguem perceber toda essa riqueza ao redor, toda a criatividade que emana da simplicidade das coisas.

Porque se a gente olha com o olhar de pessoas grandes, simplesmente não se consegue enxergar essas coisas. As pessoas grandes se deixam envolver pela dureza, pela seriedade, pela necessidade de exatidão das coisas e, com isso, perdem o brilho no olhar e a capacidade de sonhar e imaginar além do mundo concreto. As cores que antes viam quando crianças se desbotam e viram tons de cinza quando adultas. E vagar por um mundo em que só se vê tudo cinza é muito triste e solitário.

Mas não precisa ser assim. Pessoas grandes podem reencontrar suas crianças. Basta olhar para dentro de si, buscar lá no fundo o que faz o coração bater mais forte e os olhos cintilarem de alegria. Quando a gente reencontra a nossa criança, a gente simplesmente se alinha com o nosso propósito, porque crianças sabem o que procuram, e por saberem, simplesmente são livres para trilhar o caminho que quiserem e sonharem.

E para quem ainda não leu O Pequeno Príncipe, ou mesmo para quem já leu quando criança, fica o convite para (re)descobrir essa história linda e encantadora e entender a lição que esse principezinho deixa para nós, pessoas grandes. Liberte a criança sonhadora que existe em você. Sei que ela está aí, em algum lugar, só esperando ser despertada para te cativar e te encorajar a desbravar o mundo!

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Driblando a procrastinação

Foto: minha, não lembro onde foi tirada, sei só que sou admirada pelo pôr do sol.





























De uns tempos pra cá, essa palavra vinha se tornando cada vez mais comum no meu dia a dia, a procrastinação. Na minha agenda de trabalho, uma lista absurda de atividades que parecia nunca chegar ao fim. No meu lar, não havia listas, mas a desordem estava ali pra quem quisesse ver e eu, num simples movimento, dizia para mim mesma todo santo dia: amanhã eu arrumo isso. Só que o amanhã nunca chegava.

E assim eu ia levando os meus dias, sempre adiando tarefas importantes, encontrando milhões de distrações para não fazer o que tinha que fazer naquele momento, sempre esperando por um dia em que estivesse mais disposta, mais animada, mais inspirada... e aí, é inevitável a sensação de fazer, fazer e fazer e, no final, não conseguir enxergar resultado de fato. Os dias passam a se arrastar, a produtividade dá lugar a uma total perda de foco e no fim, o desespero toma conta e a gente não sabe como sair dessa armadilha que a gente mesmo criou.

Eu fiquei um bom tempo nessa inércia, perdida em alguma dimensão do tempo e espaço. E até perceber e admitir para mim mesma que as coisas não estavam bem e eu precisava fazer algo sobre isso, levou um bom tempo. O processo é doloroso. Você se auto-sabota o tempo inteiro, nega para si mesmo que aquilo esteja acontecendo e tenha chegado a um nível crítico que exija uma atitude libertadora.

Até que a libertação vem no lampejo mais simples e você entende que, para driblar a procrastinação, o deixar para depois, você só precisa fazer e pronto. Sim, simples assim mesmo. E assim tenho feito: minha lista interminável de atividades na agenda agora é mais palpável. Para cada dia estabeleço tarefas e simplesmente vou lá e faço, sem pestanejar, sem pensar se estou num bom momento. Porque no meio do processo de fazer, a inspiração simplesmente acontece, simples assim. E se naquele dia alguma tarefa deixou de ser feita, ela já passa a prioridade no dia seguinte, e assim vai seguindo, e assim uma nova lista vai surgindo todo dia e a monotonia dá lugar a uma mente produtiva, onde a lamparina está acesa para que as ideias possam fluir livremente.

No meu lar, tenho me esforçado ao máximo para não deixar a bagunça voltar a fazer morada. Se tem louça suja, lavo. Se tem roupa no varal seca, guardo. Se o chão está sujo, limpo. Se vi algo fora do lugar, arrumo. E assim a ordem vai surgindo. Claro que não é a ferro e fogo, sempre haverá um dia em que não estou tão disposta assim e não quero me ater àquela atividade. Mas que seja um ato consciente, que eu saiba que cedo ou tarde vou ter que lidar com isso, então não adianta fugir da responsabilidade.

Entre a vontade e a realização só existe a nossa ação. Então, vai lá, faça, mesmo se estiver cansado, mesmo se não estiver num bom momento, mesmo se a atividade for chata, mesmo que gaste muito tempo, não importa, faça, faça e faça. Com o tempo isso vira hábito e você percebe o quão simples a vida pode ser se a gente estiver disposto a simplesmente fazer aquilo que temos que fazer. O que era obrigação sendo adiada para outro dia, vira satisfação ao ver o resultado da nossa obra.

domingo, 4 de janeiro de 2015

Persistir, mesmo diante das adversidades

Foto: uma tarde de domingo em 2008, no Parque Ecológico da Pampulha,


Era manhã de domingo. Ela pulou da cama logo cedo, pois tinha uma missão muito importante naquele dia. Tomou seu banho, vestiu sua melhor roupa, tomou seu café com calma e serenidade. Antes de sair, pegou o seu livro sagrado, uma Bíblia, a grande aliada na sua missão. Pediu ao Criador que a iluminasse naquele dia, para conseguir levar às famílias da vizinhança a Palavra do Senhor.

E lá saiu ela pelas redondezas, com seu livro sagrado sob o braço, ao lado de uma companheira, batendo de porta em porta, solicitando apenas um minuto da atenção. Ao soar da campainha, muitos antes de atender, olham pela fresta da janela para ver quem é, como aconteceu na primeira casa. Por ser domingo de manhã, os moradores já suspeitam e confirmam do que se trata: testemunhas de jeová à sua porta. Simplesmente não querem ser incomodados e não atendem.

Ela insiste mais um pouco naquela casa e, ao ver que não será atendida, pensa, "ah, não deve ter ninguém em casa. Mas não tem problema, na próxima semana eu tento novamente" e segue para a próxima casa daquela rua. Soou a campainha. Após alguns instantes, aparece uma senhora no portão que, muito gentilmente, escuta as palavras da menina. Ah, como ela ficou alegre por ter sido atendida e por ser mensageira da palavra de Deus para aquela senhora. Ela abre o livro, escolhe um versículo do evangelho, lê calmamente e discute com a senhora. Ao final, entrega um folheto, agradece à senhora por tê-la recebido em seu lar e despede-se pedindo que Deus a abençoe.

E assim ela segue durante aquela manhã e creio que, ao final do seu dia, ela deve receber mais portas na cara do que recepções gentis. Mesmo com o saldo negativo, ela chega em casa, agradece ao Criador pela missão que lhe foi dada e, por acreditar nessa missão, continuará o seu caminho de pregação na próxima manhã de domingo.

Que assim sejamos diante de nossos sonhos e objetivos: movidos por uma fé que seja capaz de superar toda e qualquer adversidade que possa surgir no caminho. Que uma crítica, uma porta na cara, uma risada cheia de ironia não sejam capazes de abalar a nossa fé em nós mesmos, mas que, ao contrário, nos fortaleçam. Porque se a gente acredita de verdade, sempre valerá à pena insistir, persistir e realizar! O sol brilha para todos! :)